Encontrei este poema estendido no chão do meu quarto.
Quer dizer por acaso estava dentro de uma mala que dizia "Para Paris, por favor..." mas é muito mais credível que um pé ache um poema perdido no chão do que numa mala difícil de abrir e com um querer estranho de viagem para a Gália...
Quase chegando
me importa
chegar mais a carne
menos ângulo de porta
foreign sketches
repetem-se esbatidos
pontes nos meus dedos
arcos nos meus desejos
impasses fortes
em passos, partes
viajas em mim
afogas-me sempre
nas vagas que me rodeias.
Eu sou um pé. Ficam já a saber, para o caso de não concordarem com alguma coisa que fôr aqui escrita. Levo uma vida muito terra à terra. Estou muito assente no chão. Gosto de dar um passo de cada vez, mas há vezes em que gosto de dar um grande salto.
8 de agosto de 2004
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