8 de agosto de 2004

Chegando

Encontrei este poema estendido no chão do meu quarto.
Quer dizer por acaso estava dentro de uma mala que dizia "Para Paris, por favor..." mas é muito mais credível que um pé ache um poema perdido no chão do que numa mala difícil de abrir e com um querer estranho de viagem para a Gália...




Quase chegando
me importa
chegar mais a carne

menos ângulo de porta

foreign sketches
repetem-se esbatidos
pontes nos meus dedos
arcos nos meus desejos

impasses fortes
em passos, partes
viajas em mim
afogas-me sempre
nas vagas que me rodeias.

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