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Estou a ouvir "On Stream" by Nils Peter Molvaer
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Estou a ler Why I write do George Orwell.
Ainda nao sei porque o faz, sei imensas outras coisas sobre o George contudo. sei por exemplo que alguma coisa do que ele escreveu e que eu li passou pra papel quando Londres estava submergida em bombas da Luftwaffe. Claro que para alguem que chora com qualquer filme sobre a WWII, imaginem a excitacao! So comparavel com o bunker que me atropelou em plena praia de Scheveningen (que curiosamente significa "espiao alemao", por razoes de pronuncia holandesa que nao me apetece aprender para explicar.)
Talvez por me tirar do serio, talvez porque voltei a tentar terminar o que o Robert Jordan vai fazer com a Maria a seguir a rebentar com o raio da ponte, talvez, voltei a escrever coisas de envergonhar e como nunca resisto 'a minha atraccao pela praca publica e pela total vulnerabilidade que so a chacota anonima nos proporciona.
Sinto-me a escrever qualquer coisa. Perdao. Sento-me e nao sinto a dor de escrever. Nao ha necessidade de expurgar, de insistir na tecla.
Nao faz frio na mesa de cafe'. nao fiquei ate' o bar fechar por nao querer ir para casa. nao fumo o cigarro e nao olho de dentro o que de fora, fora queria visto dentro.
A ninfa nao e' imaginada, nao tem corpo metade nada, nao tremo as linhas do corpo e os labios nao sao marmóreos. mais de carne. viva.
As olheiras nao sao de escritas. As letras nao saem da minha mao, as palavras estao na minha mao. Consciente este presente. mesmo a tua almofada au sente.
Estou onde ainda nao estivera e sem arte estou a gostar bue.
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