6 de janeiro de 2007

Tudo o que tenho na cabeça sobre o que numa casa não é Tecto e no Mundo não é completamente Mulher

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Primeiro post do ano dois mil e sete, primeira vez que mostro o Calvin & Hobbes neste blog e primeira vez que alcanço a ideia que ando a colocar... hum diversos neste sitio desde Agosto de 2004... pois é!
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Por isso antes de falar do tema principal deste post (isto é só marketing e serve unicamente para vos manter agarrados, ansiosos pelo texto grande já a seguir, não é assim tão interessante mas revela-se importante aqui ao pé. ) queria e deixei como podem ver uma tira do Calvin & Hobbes, para comemorar estes 2 anos e 4 meses.
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Não é um agradecimento, que fique claro, eu escrevo, alguém lê e depois cada um vai à sua vida, não anda ninguém aqui a ganhar dinheiro com isto. Ou anda? Talvez um Filipino bilingue, tenha roubado os meus poemas, traduziu-os com engenho e ganhou uma pipa de massa, falta aqui uma expressão popular qualquer... num abrir e fechar de olhos. O que nem era coisa que me deixasse zangado, zangado.
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Agora a parte grande do post, a tal. É sobre a Casa. A minha Casa. A Casa em falta, a casa obliterada do alçapão de coisas estáveis. Mas estáveis mesmo, Há o Mosteiro dos Jerónimos, há o Pica do 15 e há a casa. Havia.
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A minha casa de Lisboa, passou a casa-da-minha-Mãe-onde-eu-venho-passar-férias... e onde por vezes me sinto em casa, mas isso não significa que seja a minha casa. e podia falar da casa de Londres e da outra casa de Londres. Mas passando esses detalhes, sinto-me num limbo de quatro paredes, o chão vai mundando mas um pé vai crescendo e já não é qualquer tipo de terra que me faz tremer, claro que muitas vezes escorrego, mas já não fico surpreendido com a queda. Ou sendo um pouco mais básico, tenho mais orgulho e confiança na merda que piso.
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A casa foi-se porque... eu fui-me da casa.
Eu estava lá dentro, eu abri a porta por dentro, fechei-me lá fora e fui-me da casa. E claro que há desses sentimentos de lágrima no olho, mas mais forte que esses foi aquela amedrontada certeza de "epah têm de ser" que nos dá. E naquela altura deu. E eu fui-me.
E se eu não tivesse ido? Iria noutra altura. porque toda a gente sai de casa. mas ninguém fala disso. pelo menos eu não tive irmãos mais velhos ou figuras paternais a ter a conversa "Olha... sair de casa é um marco importantíssimo na vida de uma pessoa", talvez tivesse ajudado, talvez não.
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Abre (
Acontece que a sociedade em que vivemos (eu vivo nela, asseguro.) não gosta nada de rituais, é uma sociedade de nevoeiros. detesto esta sociedade.
Que é feito da expressão "sair do ninho"?
Na Papua Nova Guiné, há um ritual de passagem de adolescente para homem que dura até três meses. em que os rapazes saem de lá, plenos "homem- crocodilo". Pronto ok, não é dos melhores exemplos mas foquem-se no facto que existe um processo.
Ah... já percebi o que falta... é a Tropa. Falta o Serviço Militar, na cabeça da Juventude Portuguesa. Antes de começarem a lançar-me pragas, falo no sentido figurativo...
Sou a favor de nenhuma guerra e de nenhum uso de violência seja porque razão for. Que fique escrito.
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Mas falta a "Inspecção", falta aquele click que te diz, a partir de hoje podes, deves e vais fazer coisas pelas quais és responsável... e vai correr mundo, seja ele de qualquer forma geográfica ou de mente. Fecha )
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A Casa, a minha casa, será uma nova casa, ou uma outra casa ou uma casa que eu terei de construir desde os alicerces, ou mais importante que o resto e com certos toques de conclusão.
a minha casa já não é passado, a minha casa é futuro.E mais não digo por hoje, os tectos e a mulher como personagem invisível da história e da sociedade mundial parece outro post bem fixe, para o pé ir pisando.
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