21 de junho de 2009

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Descubro o Dostoievski entre o Turgueniev e o Tchekov através d’Ela.
É daquelas descobertas como se participasse dum jogo de orientação. Ora o caminho de A a B é este, mas por aqui também és capaz de ir lá dar.
Interrompi a Idade da Razão do Sartre e tudo começou pelo fim, resolvi ler um livro deste e já enquanto, tratava-se do terceiro tomo de uma trilogia. Não cessei e deixei o Delarue pegar na espingarda, mais tarde tomei posse do segundo tomo e arrumei-o na prateleira dos “ainda não”. Até há pouco tempo lia o primeiro.
Se a compra do segundo foi uma verdadeira pechincha de achado, já o primeiro foi a volúpia de achar a lua por queijo. Que delicia ter nas mãos uma edição de 1971 da Penguin, Capa parcialmente preta, parcialmente Guernica. Tradução… terrível. Não consegui suportar mais a insistência do tradutor em traduzir toda a angústia francesa de existir por um só insistente adjectivo, disgust.

“Donde cortaste tu este nariz, grande animal? – gritou ela furiosa. – Canalha! Bêbado! Vou entregar-te à polícia, malvado! Ouvi já dizer a três pessoas que tu puxas de tal modo pelos narizes ao barbear que ficam presos por um fio. ” in O Nariz de Nicolau Gogol
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