24 de março de 2009

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"The only truth is the state were in" ou qualquer coisa assim disse o Charlie Kaufman agora numa entrevista.
"Qualquer coisa assim" é talvez a melhor forma de descrever a minha falta de memória a curto prazo.
Esqueço-me tanto como qualquer outra pessoa mas quando a isso se junta desorganização uma sensação de perca de tempo assombra-me como nenhuma nuvem cinzenta londrina consegue mimicar. não me esqueci contudo do que, como defini-la? a minha guru alemã disse.
André andas em modo cruzeiro e por escolha tua... tua... ua... ecoa desde então e reverbera na voz do meu senhorio, que por sinal tem falhas de memória do estilo "Viste o cão? O cão ainda está no jardim?" Nós não temos cão. ...e na voz de um amigo.

Ando em modo cruzeiro, é um facto que um outro amigo me diria eu não preciso de justificar, mas preciso pelo menos a mim e restantes mentes nas quais gosto de ressoar, neste caso nesta forma "Macro Twitter". Sou só eu quem acha que o Twitter é a coisa mais parva de sempre ou, reduzindo o ênfase, do momento.
Eu não sei o quero fazer quando for grande e assim espero que as respostas venham ter comigo não se trata de um caso em que eu não faça as perguntas ou escolha caminhos quando deparo com encruzilhadas, o que eu faço é esperar que as respostas venham ter comigo e não construo os meus próprios cruzamentos vou antes andando até chegar a um.
O problema estará na premissa, na crença de que todas as respostas irão mais cedo ou mais tarde concluir um final feliz qual filme de bollywood em inglês. Também estará na atitude de que para conseguir algo bom é preciso passar por algo eventualmente mau. Eu, presumindo que de facto passei algo mau, deixando para segundo plano a possível discordância de alguém que tenha sido por exemplo engolido por uma baleia azul nos mares gélidos do Alasca, terei a noção quantificante e consciente do quanto de bom usufruo no presente?

O Presente é sem dúvida uma oferta no sentido gratuito por menos divino que seja, mas é para além disso continuo e se o restringir ao passatempo de esperançar algo melhor não tomarei mão nas correntes em que me desloco.

1 comentário:

janeca disse...

nao, nao és o unico.