17 de abril de 2009

IV Anni

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Hoje passa-se o segundo dia e quatro anos desde que cheguei a Londres.

Pessoalmente, acho refrescante olhar com concentração semicerrada para trás e dar uma boa espreitadela no que se passou, na pessoa que era e no que fiz, para além de que desde que fui assaltado com um pontapé nos costados não mais consigo andar na rua com alguém a soltar passos largos atrás de mim sem dar uma espreitadela para o que há de vir. Penso que é um bom exemplo de como o futuro nem sempre está à minha frente.

É comum perguntarem-me porque escolhi Londres a Lisboa. Para um Inglês não tem cabimento aceitar os winter blues de livre vontade. Eu respondo que foi por razões económicas, razões de progressão na Indústria em que sem tentar me encontro. Quando a pergunta é feita num mesmo sujeito verbal tenho vindo a responder que em Lisboa não sabia mais quem era, que só em Londres, ou em qualquer outro sítio suficientemente distante de casa poderia passar por situações em que só o eu contava, tratando-se de uma hot potato ou de brownie points.

Foi então menos fuga do que perseguição. Acho, este rito porque passei (talvez ainda passe), acabaria sempre por me encontrar aqui, em Lisboa ou em qualquer outro sítio. Era em retrospecto uma questão de tempo mais que espacial.

Agora vou fazer uma lista dos meus amigos para ver quem são os meus connectors, uma ideia que está no Tipping Point do Malcolm Gladwell, um livro sobre e não de Marketing... mas é ao de leve prometo.
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2 comentários:

Lisa disse...

só não se esqueça da conexão com Brasília... nunca!

Lisa disse...

estas a par disso?
http://www.imdb.com/title/tt0452694