10 de setembro de 2004

“O Presente não existe. Ninguém o consegue provar.”

Foi um amigo de um amigo que disse a primeira frase. Foi um amigo que a completou, eu a comento.

A palavra “Presente” devia cessar todas as suas funções relacionadas com temporalidade, “Gerúndio” devia tomar o seu lugar.
Sempre que afirmamos qualquer coisa como certa, é o mesmo que dizer que essa coisa terminou. A tradução de “Eu sou isto” é “eu termino”.
“Tudo o que tinha a fazer em relação a algo, está completo e por isso cheguei a este fim e sou isto”.
Eu não quero isso, não que quero modificar o modo como falo, mas sim o modo como penso, não quero cair nesse erro de me encontrar completo, parece-me bem mais interessante ir vivendo, aprendendo, amando.
Concluindo, e reformulando o que anteriormente escrevi, o Presente iria cessando e o Gerúndio tomando a pouco e pouco o seu lugar.

Ao decidir isto não estarei também a concluir algo? A tomar uma posição definitiva? Fazendo exactamenta o que criticava? Talvez seja melhor não tomar muitas coisas como dados adquiridos e ir vivendo esse Gerúndio mais que Presente. Tenho dito... Dizendo.

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