5 de março de 2008

Há mise bouche aborige!


As fotografias que retirei da parede com razão, colei-as de novo com emoção.
Preciso de férias deste fazer nenhum, festas e ilhas primeiro, depois há que puxar dos meus galões de não ter uma carreira definida, fechar os olhos, rodopiar e para onde os pés apontarem...
Aos meus amigos impreciso escrever novas de Londres.
Tenho saudades. saudades é pouco, preciso gritar "...Há mise bouche aborige!" dentro de um 4L.

Estou com os Winter Blues, talvez assim seja fácil, justificar esta nuvem cinzenta por cima da cabeça.
Contudo, um optimismo persistente revela-se e não descola, não sei se é da falta de glúten no intestino ou da ignobilidade que protege os parvos, faz aproximar o Verão e o sorriso de ventos quentes que ao passar-me nos lábios, beija-me um café tomado ao sol numa esplanada portuária, o Sonny Clark a zumbir-me sei lá eu donde, na mão um cigarro... na mão uma mão de quem não está habituada a estas temperaturas mas fica tremenda de saia. E puf... rebenta-se a nuvem cinzenta.

Alguém já ouviu falar de um tal de James Lovelock e quer partilhar? Ando fascinado com o quão próximo as suas teorias se podem relacionar com uma (entre quantas?) visão cristã sobre o Apocalipse e o papel interventivo que a humanidade pode ter em salvar o planeta não numa perspectiva de "coitado do bicho, vamos lá deitar menos papéis para o chão" mas como única forma de nos dar um futuro físico onde se possa novamente perguntar por exemplo "o que faço aqui?" sem que um tufão de areia tóxica não resolva o problema existencial por nós.
...Ideas anyone?

Gostei tanto, tanto tanto de ver o Paranoid Park no cinema que até me fez esquecer que devo ser o único skateboarder a quem um dente trepida quando em ruas irregulares.






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