6 de abril de 2008

Não é mentira a palavra que pretendo traduzir

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Pensei escrever sobre uma aluna que se degladiou com uma professora na sala de aula, muito tinha a dizer sobre a juventude perdida, tecnologia ao serviço do mono-raciocínio, fecho de escolas no centro da minha Lisboa e até da quantidade de vezes que apertei o pescoço à minha professora de francês com estas duas mãozinhas pálidas a suportarem-me a cabeça sobre as orelhas, enquanto a senhora nos falava de como era bom estar de frente prá sorbonne... ora, se ela me tivesse descrito o Quartier Latin, a livraria estrangeira que mira a sorbonne, ou informado que na primavera não existem parisienses feios e todas as mulheres flutuam sobre os vapores do duche que acabaram de tomar e um café torna-se cardio-vascularmente possível de tomar com cada uma delas, quem sabe onde eu hoje estaria?

Mal sabe ela , o bem que me fez, na sua desistência, pois hoje em dia podia andar aí desempregado ou até com um curso superior na axila, assim limito-me a inseguranças ortográficas e históricas, inferioridades em relação às palavras conferência, ensaio e paradoxo, culminando numa falta de bases, e método discursivo, como dizer... atroz.

Tudo porque o combate escolar que nunca sairia dos corredores da escola, transformou-se num fenómeno youtubiano que lançou os rastilhos para uma variedade de situações que essas sim, são para mim de arrancar cabelos, ou talvez de suspirar com ares de superioridade e nariz empinado, mas não tenho culpa, cada um tem o "ar" de dúvida existencial que Deus lhe deu.

Como escrevi ao inicio, pensei escrever apenas para chegar ao ponto em que vi no Público.pt, a frase do dia, o testemunho dado pela aluna, irrelevante para mim, mas importante para o jornal era que fosse dado a conhecer o que a aluna tinha a dizer sobre o assunto? Tornar essa a frase do dia?
Vamos lá ouvir a miúda que ao empurrar a professora de forma veemente (de)mente, tinha ali uma mensagem alienada pela sociedade à qual é urgente dar voz.

Eu busco calar absolutamente ninguém, mas sobre este assunto sinto uma obviedade que me aflige e estremece do mesmo modo que me achava em maus lençóis quando hooligans da mesma equipa de futebol que eu apoio, entravam na minha carruagem de metro a caminho do estádio.

Um partido da oposição a culpar o governo pelo acontecimento foi no entanto um dos pontos altos para a minha campanha a favor de um Estado Português Anarco-Monárquico.

Portanto só assuntos interessantes para escrever, mas está a nevar no jardim e é necessário que vá atirar bolas de neve a esquilos incautos.

Para quem não percebeu nada... "in a nut shell" a ideia principal que quero transmitir é "The Truth Lies..."
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